Planejamento 2012



ARQUIDIOCESE DE NATAL
PASTORAL DO DÍZIMO

1º ENCONTRO DE FORMAÇÃO – Doutrina Social da Igreja
Acolhida e ambientação:
Preparar o local com antecedência. (O coordenador da pastoral pode designar algum agente para ficar com esta função.) É importante providenciar: cartazes, TV/DVD, para exposição da tele-formação, tapete ao centro, (se estiver organizado em círculo), com Bíblia, Compêndio do Vaticano II, Catecismo da Igreja Católica, alguns documentos dos papas, recotes de revistas com figuras de diversas situações sociais, desafios da nossa época. (guerras, fome, desemprego, drogas, corrupção, etc).
Receber bem os participantes e não esquecer os abraços e a acolhida humana.
Canto de acolhida:
Vem, amigo, vem, oooo! / Vem para entregar, / este coração que Deus te deu para amar, não pra odiar. (bis) Vem, abre os teus braços, / até aquele que está lá. / Vem, abre os teu braços, / ao teu irmão, ao teu amigo. / Dá um abração, ooo! / Dá um abração! / Que de pouco a pouco ele se achega ao Senhor, nosso Senhor! (bis) Dá um aperto de mão... Dá um beliscão... Dá um empurrão...   (ou outro à escolha)

Motivação inicial:
Chegamos, finalmente, ao último ano do nosso triênio! Ano de festa e de alegria pelos 15 anos da nossa Pastoral do Dízimo. Iremos agradecer a Deus por todas as sementes plantadas, pelos que iniciaram esta pastoral na Arquidiocese e em nossa paróquia; pelas flores que brotaram e pelos frutos colhidos, que são tantos. Neste ano 2012, refletiremos sobre a dimensão social do dízimo. Neste primeiro encontro conversaremos sobre a Doutrina Social da Igreja. Iniciemos, observando as diversas imagens da nossa realidade, no mundo, no Brasil e em nossa comunidade. Cantemos:

Canto inicial:
Seu nome é Jesus Cristo e passa fome...

Dir.: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
T.: Amém.

Dir.: Senhor Jesus, nós Te agradecemos por permitir que nos reunamos em Teu nome para a formação de nossa pastoral, para contemplarmos a Tua dor e o Teu sofrimento em tantas situações de risco, de catástrofe, de violência, que levam tantos irmãos no mundo inteiro à miséria, à dor e à morte. A Tua paixão continua no sofrimento da humanidade.
T.: Ajuda-nos, Senhor, a aliviar a dor dos que sofrem, com nosso compromisso cristão, nossa participação social e nosso dízimo eclesial.
Dir.: Suplicamos a intercessão de Nossa Senhora da Apresentação, Padroeira de nossa Arquidiocese, para que sejamos dóceis aos apelos de Deus e ao sofrimento dos imãos:
T.: Ó Santíssima Virgem Maria, Mãe querida e Padroeira nossa, Nossa Senhora da Apresentação, nós te suplicamos cheios de confiança: Abre nosso coração ao acolhimento e à vivência da palavra de Deus, a fim de anunciá-la também a todos os irmãos, pois é para evangelizar que a Igreja vive no mundo. Faze que a Eucaristia de todos os dias seja o centro de nossa fé e de nossa vida, e a fonte inesgotável de nossa atividade pastoral. Mostra teu amor de mãe aos pobres de nossa cidade, aos que sofrem em nosso meio e a quantos buscam libertar-se de tudo que escraviza e ameaça a vida humana. Ajuda-nos a construir em nossa terra uma sociedade justa, fraterna e solidária, como requer o empenho missionário de uma nova evangelização! Abençoa e protege constantemente o povo de nossa Arquidiocese, de quem és Mãe e Padroeira, para a glória de Deus, nosso Pai, por Jesus Cristo, nosso Irmão e Salvador, na força e na comunhão do Espírito Santo! Amém.

Canto: (Durante o canto entroniza-se a imagem de Nossa Senhora)
* Tu quiseste um dia trazer alegria ao nosso cantar. / E vieste Maria com Jesus nos braços, nas ondas do mar... / Pescadores te acharam, com amor te acolheram, o Mãe sem igual! / Entre o Potengi e as águas tranquilas do mar de Natal!
Escolheste, por amor, nossa terra pra aqui, vir morar. / Virgem Mãe do Senhor a teus pés nós viemos rezar.
*Vinte e um de novembro, o dia feliz de tua aparição, / e nós te festejamos, ó Nossa Senhora da Apresentação. / Hoje a felicidade traz toda a cidade à tua Catedral. / Pra louvar-te Maria, que escolheste um dia teu trono em Natal.
*Tens na fronte a coroa, Rainha da Paz do amor e do perdão... / És a Mãe terna e boa, / Rainha que reina com o terço na mão. / Teu olhar de bondade, onde a serenidade, nos dá proteção. / Tens Jesus em teus braços, és Nossa Senhora da Apresentação.

Palavra de Deus:
Dir.: A Bíblia nos ensina o caminho da solidariedade, da justiça e da fraternidade. Aclamemos a Palavra de Deus.
Canto:
Toda palavra de vida é Palavra de Deus...

Leitura: Lucas 10, 25-37 (ler na Bíblia)

Reflexão:
Dir.: Copiar do livro: O dízimo de A a Z – Pe Jerônimo Gasques. Pág 45 e 46

Preces espontâneas: Inspiradas nas figuras que estão no centro. A cada prece apresentada é retirada a figura correspondente. A resposta para a prece será:
Senhor, que a nossa oração transforme a nossa vida.

Dir.: Concluamos nossas preces, de mãos dadas, com a oração do Pai Nosso:

Dir.: O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
T.: Amém.

Dir.: Terminada a oração, vejamos, o vídeo sobre a Doutrina Social da Igreja:

TEMA DE ESTUDO:

Irmãos e irmãs agentes da Pastoral do Dízimo. A Paz e o amor de Jesus, com a proteção constante de Nossa Senhora da Apresentação, nossa Padroeira. A Equipe Arquidiocesana da Pastoral do Dízimo, com alegria, chega ao último ano do triênio para a comemoração dos 15 anos da pastoral. Já refletimos sobre as dimensões religiosa e missionária do dízimo. Neste ano, refletiremos sobre a dimensão social. Para compreender melhor porque o dízimo também tem essa dimensão, hoje conversaremos sobre a Doutrina Social da Igreja. A Igreja se preocupa com a vida social dos homens. Por que? O qué é a Doutrina Social da Igreja? Qual a sua importância? Acompanhemos a reflexão:
O QUE É DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA?
A expressão Doutrina Social da Igreja (DSI) designa o conjunto de escritos e mensagens – cartas, encíclicas, exortações, pronunciamentos, declarações – que compõem o pensamento do magistério católico a respeito da chamada “questão social”. Tem por finalidade fixar princípios, critérios e diretrizes gerais a respeito da organização social e política dos povos e das nações. É um convite a ação. A finalidade da doutrina social da Igreja é "levar os homens a corresponderem, com o auxílio também da reflexão racional e das ciências humanas, à sua vocação de construtores responsáveis da sociedade terrena" (Sollicitudo rei socialis)
A IGREJA SE PREOCUPA COM A VIDA SOCIAL DOS HOMENS:
A Igreja Católica tem uma visão muito clara do mundo e de suas necessidades; e por isso oferece a solução cristã para os graves problemas da humanidade segundo a luz do Evangelho de Jesus Cristo. Mas, infelizmente muitos católicos desconhecem esta Doutrina.
 As propostas da Igreja não são soluções ideológicas com ênfase capitalista e nem comunista, mas cristãs, baseadas na dignidade da pessoa humana, filha de Deus.  
Para a Igreja, o homem é o autor, o centro e o fim de toda a vida econômica e social. “O ponto decisivo da questão social é que os bens criados por Deus para todos de fato cheguem a todos conforme a justiça e com a ajuda da caridade. (Catecismo da Igreja Católica - CIC §2459) 
A “Gaudium et Spes”, do Concilio Vaticano II, diz que a Igreja emite um juízo moral, em matéria econômica e social, “quando o exigem os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas” (GS 76,5). É uma missão distinta da missão das autoridades políticas. A Igreja se preocupa com o bem comum, e procura ensinar as atitudes justas na relação com os bens terrenos e nas relações sócio-econômicas.  
Por isso, desde Leão XIII (1878-1903) com a “Encíclica Rerum Novarum” a Igreja tem se pronunciado sobre a questão social. A doutrina social da Igreja se desenvolveu desde o século XIX com o encontro do Evangelho com a sociedade industrial que surgia, suas novas estruturas para a produção de bens de consumo, sua nova concepção da sociedade, do Estado e da autoridade, suas novas formas de trabalho e de propriedade.  

A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA:

Mas não basta conhecer os documentos reunidos sob essa denominação. O estudo da DSI coloca-nos diante de uma tarefa bem mais exigente em suas implicações e desafios. Trata-se, no fundo, de recriar para os dias atuais, a dimensão sócio-política da Boa Nova de Jesus Cristo.
Um rápido olhar sobre dois textos bíblicos pode dar uma idéia do que significa a Doutrina Social da Igreja. O primeiro é do evangelista Lucas: Jesus encontra-se recolhido num lugar à parte e, sob a insistência dos discípulos, ensina o Pai-nosso (Lc 11,1-4). No segundo texto, o evangelista Mateus faz um breve resumo das atividades de Jesus (Mt 9,35-38). No primeiro caso, Jesus está na montanha em oração; no segundo, Jesus “percorre as cidades e aldeias”, compadecendo-se das multidões “cansadas e abatidas”. Ou seja, na prática de Jesus montanha e rua não se excluem, mas se complementam, se interpelam e se enriquecem mutuamente. Quanto mais Jesus aprofunda sua intimidade com o Pai, na montanha, mais se desdobra no compromisso com os pobres, pelas ruas. A montanha exige a rua e a rua exige a montanha. Oração e ação social constituem duas dimensões indissociáveis de uma mesma prática.
Tudo isso ficará ainda mais evidente em episódios como o Bom Samaritano, como refletimos na oração de abertura deste encontro, (Lc 10,25-37), a narração do Juízo Final (Mt 25,31-46) ou os retratos das primeiras comunidades cristãs (At 2,42-47; 4,32-37). Se, por um lado, a mensagem do Evangelho tem como centralidade inquestionável a preocupação com o Reino de Deus, por outro, no coração do Reino encontram-se os pobres como prediletos de Deus.

DÍZIMO E DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA
Toda ação evangelizadora deve levar em consideração a Doutrina da Igreja em todas as suas dimensões.  Por isso, a Pastoral do Dízimo tem, também, a sua dimensão social.  Os pobres, preferidos de Deus, têm direito a receber apoio do dízimo da comunidade. Apoio às pastorais sociais, creches, asilos, de acordo com a realidade da paróquia. O dízimo nos ensina a lição da partilha e da solidariedade para com todos os irmãos, principalmente os mais necessitados. SER DIZIMISTA É APRENDER A “TOMAR CONTA DA COMUNIDADE”, À SEMELHANÇA DO BOM SAMARITANO. 
Dir.: Terminada a exposição vamos conversar sobre o que ouvimos:


  1. O que entendemos sobre Doutrina Social da Igreja?
  1. Qual a importância da DSI para nossa ação pastoral e nossa vida em sociedade?
  1. Como aplicar a DSI em nosso dia-a-dia?
1. A nossa comunidade se reúne todo dia. / E a nossa comunidade se transforma em alegria.
Quero dizer sempre sim/ ao teu projeto de amor.
*O Anjo de Deus anunciou à Maria / e ela aceitou o que o Anjo dizia.
*Os anjos da terra também anunciam / palavras de vida e de luz que nos guiam.

  1. Nós percebemos em nós mesmos e em nossos dizimistas a preocupação com os pobres e necessitados?
  1. Há investimento do dízimo da nossa paróquia/comunidade na dimensão social?
  1. O que fazer para mudar esta situação?
  • Cada participante partilhar as idéias que trouxe do gesto concreto da reunião anterior: Como a pastoral do dízimo pode concretizar na comunidade a sua dimensão social?




Dir.: Como é bom ser dizimista e saber que estamos em comunhão com a nossa Igreja. Rezemos a oração do dizimista: (Copiar)

GESTO CONCRETO DA REUNIÃO
Os agentes sejam distribuidos dois-a-dois para visitarem famílias carentes e descobrirem alguma situação que possam transformar, com a solidariedade pessoal ou com a ajuda de outros. Partilhar na próxima reunião.

Dir.: Agradecer a presença de todos e marcar a próxima formação. Data, local, hora.

Dir.: Concluamos o encontro com o abraço da paz. (Todos se cumprimentam)

Canto:  Deus chama a gente para um momento novo...


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ARQUIDIOCESE DE NATAL
PASTORAL DO DÍZIMO

2º ENCONTRO DE FORMAÇÃO –
A DIMENSÃO SOCIAL DÍZIMO

Acolhida e ambientação:
Preparar o local com antecedência. (O coordenador da pastoral pode designar algum agente para ficar com esta função.) Providenciar para este encontro: TV/DVD, para exposição da tele-formação, uma imagem de Nossa Senhora, um pão ou alguns pães que serão distribuidos durante a oração de abertura (depende do número de participantes. É preferível que seja um pão para sinalizar melhor a partilha), velas e um local para a Bíblia, que será entronizada.
Receber bem os participantes e não esquecer os abraços e a acolhida humana.
Canto de acolhida:
Você que está chegando, bem vindo... (ou outro à escolha)

Motivação inicial:
Bem-vindos(as) queridos(as) agentes. Chegamos ao nosso segundo encontro. Queremos agradecer a perseverança de todos, acolher os que se engajaram em nossa pastoral, e continuar nossas reflexões sobre a dimensão social do dízimo, que, na verdade, é o tema do encontro de hoje. Iniciemos com a nossa oração e o canto de entrada
Canto inicial:
Eu sou feliz é na comunidade, / na comunidade eu sou feliz. (bis)
2. A Igreja de Jesus é uma Comunidade, / onde todos nós vivemos na maior fraternidade.
3. Onde há comunidade, lá não há miséria não, / pois aquele que tem mais vai partir com seu irmão.
4. E assim todos unidos: pobre, rico, homem, mulher, / como uma só família; isto é o que Deus quer.
5. É Jesus quem nos convida pra fazer a conversão, / ao seu reino de amor! Vamos todos à Missão!
Dir.: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
T.: Amém.
Dir.: Senhor Jesus, nós Te agradecemos por estar no meio de nós nesta reunião, e Te pedimos que nos concedas um coração generoso para podermos responder com fidelidade à missão que nos chamaste. Também agradecemos a presenção de Tua e nossa mãe, Nossa Senhora e pedimos que passe à frente deste momento e de toda a caminhada da nossa pastoral.
T.: Ave Maria, cheia de graça...
Canto:
Imaculada, Maria de Deus...

ENTRONIZAÇÃO DA BÍBLIA
Dir.: Maria, com o seu “sim”, nos trouxe a Palavra Encarnada do Pai. Hoje, como discípula missionária ela continua e apresentar seu Filho e nos dizer: “Façam tudo o que ele disser!” Acolhamos a Bíblia, cantando
Aclamação ao Evangelho:
Canto:
Quero que faças em mim / segundo a tua palavra, Senhor.

Evangelho: João 6, 1- 14 (ler na Bíblia)

Reflexão:
Dir.: Jesus, neste Evangelho, nos ensina a lição da partilha: Um pouco de pão e peixe que foi partilhado, com a bênção do Senhor, alimentou a todos. Aquilo que temos a oferecer, a partilhar, pode parecer pouco, mas será o suficiente para que aconteça o milagre da mutiplicação. A pastoral do dízimo é o testemunho vivo deste milagre.
No encontro passado, todos nós recebemos uma missão: o gesto concreto. Neste momento, todos irão partilhar como foi a experiência: O que fizeram? Que situação encontraram? Como procuraram colaborar para mudar a situação? O que foi feito? (Ou poderemos, ainda, partilhar outras situações e momentos comunitários e pessoais em que, por nossa participação, se deu o milagre da mutiplicação).
Depois de cada partilha canta-se o refrão: Eu sou feliz é na comunidade... (canto inicial)

Agradecimentos espontâneos:
Dir.: Manifestemos ao Senhor nossa gratidão por tantos gestos de partilha que Ele tem para conosco e nós temos uns com os outros. Depois de cada agradecimento diremos:
T.: Senhor, Deus da vida, nós Te agradecemos!
L 1 – Obrigado, Senhor, pela vida, grande dom que recebemos de Tuas mãos criadoras:
L 2 – Obrigado, Senhor, pela fé, semeada em nosso coração por Tua Igreja:
L  3 –  Obrigado, Senhor, por nossas famílias. Elas são reflexos do Teu amor em nosso caminho:
L  4 -   Obrigado, Senhor, por nossa pastoral. Com ela aprendemos a servir e partilhar:
L  5 – Obrigado, Senhor, por nossos dizimistas. Neles sentimos a Tua presença que nos comove e fortalece:

Dir.: Concluamos nossos agradecimentos, abençoando e partilhando o pão:
T.: Nós te agradecemos pelo pão de cada dia, fruto do trabalho humano que recebemos por Tua bondade e Teu amor. Que saibamos partilhar e que não falte o sustento necessário, nem para nós, nem para nossos irmãos. Amém. (todos partilham o pão)

Canto: Os cristão tinham tudo em comum...

Dir.: Rezemos, de mãos dadas a oração que o Senhor nos ensinou:
T.: Pai nosso...

Dir.: O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
T.: Amém.

Dir.: Terminada a oração, vejamos, o segundo vídeo sobre a dimensão social do dízimo:

2º TEMA:
O tema de reflexão para a Pastoral do Dízimo em nossa Arquidiocese de Natal, durante todo este ano é a Dimensão social do Dízimo. Tema que refletiremos, também, neste encontro. Todos sabemos que a partilha do Dízimo nos leva à manutenção da Igreja em suas atividades litúrgicas, religiosas, missionárias e evangelizadoras. Também sabemos que a manutenção de projetos sociais para a promoção de nossos irmãos empobrecidos, a diminuição da desigualdade social, o socorro às necessidades urgentes dos irmãos carentes, são compromissos do dízimo da nossa Igreja. Cada dizimista com sua contribuição participa de uma ação comum para beneficiar outros que necessitam da atenção e assistência da Igreja.
Porém, nem todos os que se dizem católicos, compreendem que o dízimo seja um dever de todos que vivem e participam de nossa Igreja. Por isso, muitas vezes o dízimo não consegue cumprir toda a sua missão.
Isto está mudando: São muitas as experiências positivas daqueles que, ao entender o sentido da devolução do dízimo, na dimensão da gratuidade, sentiram-se ainda mais abençoados por Deus. Temos visto como, a partir de uma conscientização dos mais velhos, até as crianças já estão sendo educadas em nossas comunidades para fazerem a devolução do dízimo com o coração feliz e responsável.
Deus, que é bom e compassivo quer precisar de nós para realizar o bem para todos. Com nosso dízimo e nossas ações solidárias, seremos capazes de tornar nosso mundo mais humano e fraterno. Com transparência e justiça, zelamos pela aplicação daquilo que é oferta de todos. Mantemos nossas comunidades, os nossos padres, religiosos(as) e os nossos seminaristas; investimos em projetos pastorais.
Sabemos, também, que nem todas as comunidades são beneficiadas por políticas públicas que cuidem da saúde de nosso povo, como também por projetos que promovam o lazer para todos. Sabemos que os cuidados de saúde e os benefícios para um lazer saudável têm um custo muito alto para todos. E são direitos fundamentais da pessoa humana! Por isso é nosso desejo que nossa partilha na entrega do dízimo possa alcançar um dia um índice mais alto que nos leve a organizar projetos sociais que beneficiem a todos que dependem de nossa ajuda, principalmente nas comunidades mais carentes e esquecidas.
Em outro aspecto, este ano, quer formar uma visão crítica em torno da ação do poder público enquanto promotor de inclusão social. Cabe a cada cidadão indignar-se com realidades absurdas envolvendo desvios de verbas públicas, ingerência da máquina estatal e a incompetência governamental em oferecer soluções concretas para estas necessidades da população. Nosso povo precisa estar atento e atuante para não permitir que os administradores públicos falhem em seu dever cívico e moral de atender a população. Pouco realizaremos em prol da igualdade social se não formos fortes na oração, mas também na ação. Deixar de lado nossos temores, vencer o desânimo paralisante para unirmos forças, capacidades, talentos e produzirmos caminhos que levem nosso povo a desfrutar de condições mais dignas de vida, esta é uma importante tarefa. Para Jesus, o irmão que padece tem importância fundamental. Ele mesmo firma em importantes passagens bíblicas que todo bem que fizermos a uma pessoa que sofre será visto como um benefício oferecido diretamente a Ele. (Mt. 10, 40-41; 25, 35-40) Jesus se mostra no rosto daqueles que sofrem, que passam fome, frio, que carecem de saúde, habitação, trabalho.
As misérias de nosso tempo geram uma sociedade de indigentes, onde Jesus quer ser encontrado e amparado. Desta maneira, a Equipe Arquiocesana da Pastoral do Dízimo, traz para nossa reflexão a urgente necessidade de olharmos nossos irmãos menos favorecidos e nos convida a fazermos a experiência da partilha com fidelidade e coragem para darmos às nossas comunidades condições reais de promover a prática da solidariedade e desenvolver trabalhos de promoção humana.
Crer no Dízimo é, antes de tudo, acreditar num milagre: o da transformação da vida a partir de um simples e significativo gesto. De que adianta dez reais frente a tanta pobreza que salta diante de nossos olhos? Parece nada, não é verdade? Agora pense neste mesmo valor entregue por todos da sua comunidade, simultaneamente. Algo mudaria, não é mesmo?
Quando tratamos o dízimo como instrumento de promoção humana nossos pensamentos são remetidos à passagem da multiplicação dos pães, (João 6, 1- 14) um dos mais conhecidos textos da Sagrada Escritura. Lá vemos o gesto de um menino desencadear uma ação coletiva capaz de “alimentar uma multidão”. A figura deste momento é catequética: Jesus ensina, anima, traz coragem aos corações e, a partir de suas palavras cheias de esperança e verdade, o povo dá uma resposta, mesmo que tímida, aparentemente insegura, mas uma resposta que traz resultados. Durante este ano, Jesus nos chama a agir. Tomar atitudes concretas em prol da vida de todos, com mais qualidade e justiça.
Não podemos ficar insensíveis aos apelos do Evangelho e pensarmos que nada temos a fazer ou nos auto-classificarmos como incapazes. Jesus já ensinou os meios de vencer e nos deu as ferramentas necessárias para agirmos. Resta-nos agora partir para a ação e fazermos de nossas comunidades espaços de generosidade e partilha. Ao longo deste ano temos a missão de levar ao povo a mensagem do compromisso social e assim criarmos uma comunidade onde não haverá pessoas sem pão-educação, pão-saúde, pão-segurança, pão-trabalho, etc.
A dimensão social do dízimo age pelo investimento da arrecadação dizimal em projetos sociais e ajuda aos necessitados, e, também, pela conversão do dizimista para agir como fermento na sociedade.


Dir.: Terminada a exposição vamos conversar sobre o que ouvimos:

GESTO CONCRETO DA REUNIÃO
Cada agente procurará descobrir meios para a pastoral do dízimo exercer verdadeiramente sua dimensão social. Conversar com pessoas da comunidade, pedir opiniões e escrever alguma idéia para ser apresentada no próximo encontro.


Dir.: Agradecer a presença de todos e Concluir o encontro com o abraço da paz. (Todos se cumprimentam)
Canto: Deus nos abençoe, Deus nos dê a paz...


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ARQUIDIOCESE DE NATAL
PASTORAL DO DÍZIMO

3º ENCONTRO DE FORMAÇÃO –
AS PASTORAIS SOCIAIS

Acolhida e ambientação:
Preparar o local com antecedência. (O coordenador da pastoral pode designar algum agente para ficar com esta função.) Providenciar para este encontro: TV/DVD, para exposição da tele-formação, uma imagem de Nossa Senhora, faixas de papel citando os diversos desafios sociais da comunidade (Ex.: favelas... crianças abandonadas...   alcoolismo... sem tetos... moradores de rua... outros identificados na realidade da paróquia), sobre cada faixa uma vela apagada que se acenderá durante a oração. Unindo uma das pontas de todas as faixas, a Bíblia.
Receber bem os participantes e não esquecer os abraços e a acolhida humana.
Canto de acolhida:
Como é bom a gente se encontrar, aqui neste lugar. Onde dois ou mais estão unidos, o Senhor está também. De repente brota lá no fundo, algo que o mundo não tem: alegria de poder dizer: Que maravilha é ser um filho de Deus. (bis) Abre teus braços, ao Pai de amor, e vê que Ele te ama. Lança fora a tristeza, e não olhes para trás. Sorrir é bom demais! Sorrir é bom demais! Quem é filho de Deus, louva! Que maravilha é ser um filho de Deus! Canta...  Dança... Pula... (ou outro à escolha)

Motivação inicial:
Bem-vindos(as) queridos(as) irmãos(ãs). Chegamos ao último encontro de formação deste ano. Queremos agradecer a Deus por nos sustentar nesta caminhada, e a todos vocês, o esforço e a perseverança neste ano de festa da pastoral. Concluindo nossas reflexões, hoje vamos falar, de uma maneiro bem prática, sobre as Pastorais Sociais. Será que compreendemos bem o que elas fazem? Como se organizam? Será que temos pastorais sociais em nossa paróquia? Iniciemos o nosso encontro com a oração e o canto de entrada
Canto inicial:
Eu vim para que todos tenham vidan- Copiar
Dir.: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
T.: Amém.
Dir.: Saudamos a todos com a graça de Nosso Senhor, Jesus Cristo, o amor de Deus, o nosso Pai Criador e a força poderosa do Espírito Santo, com a intercessão de Nossa Senhora da Apresentação, seu castíssimo esposo São José e dos santos padroeiros de nossas comunidades
T.: Bendito seja Deus, nosso Pai. Bendito seja Jesus, nosso Redentor. Bendito seja o Espírito Santo Paráclito. Bendita seja a Virgem Maria e seu esposo São José. Benditos sejam nossos queridos padroeiros.
Dir.: Louvamos e bendizemos nosso Deus por nossa Santa Igreja Católica, nossa Paróquia, nossa Pastoral do Dízimo, nossa união, amizade e nosso encontro de hoje.
T.: Bendito seja Deus pela Igreja, nossa mãe. Bendito seja Deus por esta paróquia, nossa família de fé. Bendito seja Deus pela pastoral do dízimo, nossa escola da partilha. Bendito seja Deus por nossa união, nossa amizade e este encontro de formação.
Canto:
Obrigado, Senhor, porque és meu amigo... Copiar

Dir.: Vamos louvar o nosso Deus com a sua própria Palavra que nos foi revelada na Bíblia:
Salmo 148  (rezar na Bíblia)

Reflexão:
Dir.: Tudo o que vive e que respira, louve o Senhor! Muitos irmãos estão impedidos de louvar e bendizer ao Senhor porque suas vidas foram destruídas, massacradas, excluidas. Estão à margem da sociedade, da dignidade, muitas vezes até da Igreja. Estão sem teto, sem emprego, sem comida, sem educação, sem saúde, sem fé. Queremos fazer de nossa vida, de nosso louvor, de nossa fé, uma força transformadora da situação de exclusão em que vivem muitos de nossos irmãos. A pastoral do dízimo abre os nossos olhos para que cuidemos do mundo, a partir da nossa comunidade, e que a nossa oração e o nosso louvor sejam fermento de tranformação do mundo. Para que, verdadeiramente, tudo o que vive e respira, louve o Senhor.
Súplicas espontâneas: (Tomando nas mãos uma das diversas situações desafiantes da comunidade, apresentadas nas faixas que estão no centro, os participantes fazem suas súplicas. Depois de cada súplica todos rezarão: Senhor, ensina-nos a destruir o mal com a nossa partilha. Após a súplica a faixa seja destruida, amassada ou retirada do centro (se possível, até queimada)
Dir.: Concluamos nossas súplicas cantando:
Canto: A necessidade era tanta e tamanha, que a fraternidade saiu em campanha... Copiar

Dir.: Rezemos, de mãos dadas a oração que o Senhor nos ensinou:
T.: Pai nosso...

Dir.: O Senhor nos abençoe, nos livre de todo o mal e nos conduza à vida eterna.
T.: Amém.

Dir.: Terminada a oração, vejamos, o terceiro vídeo sobre as Pastorais Sociais:

Com este encontro, queremos esclarecer o que é a Pastoral Social, sua finalidade, objetivos, estrutura e a forma de organizá-la.
Entendemos por Pastoral Social, no singular, a solicitude de toda a Igreja para com as questões sociais. O termo Pastorais Sociais constitui em ações voltadas concretamente para os diferentes grupos ou diferentes facetas da exclusão social.
Já o Setor Pastoral Social, tem duplo caráter: por um lado, representa uma referência para toda a ação social da Igreja, em termos de assessoria, elaboração de subsídios e reflexão teórica. Por outro lado, é um espaço de articulação das Pastorais Sociais e Organismos que desenvolvem ações específicas no campo sócio-político.
O QUE É PASTORAL SOCIAL?
A Pastoral Social tem como finalidade concretizar em ações sociais e específicas o cuidado da Igreja diante de situações reais de marginalização. Os textos bíblicos destacam em suas páginas alguns rostos que têm a predileção do amor de Deus. São rostos anônimos, os quais, em função do trabalho pastoral, vão recuperando o nome e a história na medida em que são assumidos com amor.
A Pastoral Social é essa solicitude da Igreja voltada especialmente para a condição sócio-econômica da população. Hoje como ontem, ela se preocupa com as questões relacionadas à saúde, à habitação, ao trabalho, à educação, enfim, às condições reais da existência, à qualidade de vida. “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
Resumindo, a dimensão sóciotransformadora da ação da Igreja é constituída de quatro aspectos complementares e indissociáveis: sensibilidade para com os fracos e indefesos, solidariedade frente a determinadas emergências, profetismo no combate à injustiça e espiritualidade libertadora.
OBJETIVO GERAL:
As Pastorais Sociais integram, junto com outros Organismos e setores, a exigência do Serviço na ação evangelizadora da Igreja no Brasil. Assim, entende-se que o Objetivo Geral dessa dimensão é “contribuir, à luz da Palavra de Deus e das Diretrizes Gerais da CNBB, para a transformação dos corações e das estruturas da sociedade em que vivemos, em vista da construção de uma nova sociedade, o Reino de Deus”.
A Pastoral Social, por sua vez, tem como objetivo desenvolver atividades concretas que viabilizem essa transformação em situações específicas, tais como o mundo do trabalho, a realidade das ruas, o campo da mobilidade humana, os presídios, as situações de marginalização da mulher, dos trabalhadores rurais, dos pescadores, e assim por diante.
Evidente que a Pastoral Social não tem o monopólio da transformação social e da busca de alternativas. Outras pastorais e dimensões da Igreja também trabalham na mesma direção, inclusive outras Igrejas, cristãs ou não, preocupam-se pela transformação das estruturas injustas da sociedade.
ESTRUTURA:
Atualmente a estrutura da CNBB organiza-se em 10 Comissões Episcopais de Pastoral. As Pastorais Sociais situam-se na Comissão para o Serviço da Caridade da Justiça e da Paz e tem no serviço a sua exigência evangelizadora predominante. Em nível nacional, esta Comissão reúne sob sua articulação catorze Pastorais e quatro Organismos.
As Pastorais são as seguintes: Pastoral Operária, Pastoral do Povo de Rua, Conselho Pastoral dos Pescadores, Pastoral dos Nômades, Pastoral da Mulher Marginalizada, Pastoral do Menor, Pastoral da Saúde, Serviço Pastoral dos Migrantes, Pastoral Afro-brasileira, Pastoral Carcerária, Comissão Pastoral da Terra, Pastoral da Sobriedade, Pastoral da Pessoa Idosa e Setor da Pastoral da Mobilidade Humana.
Os organismos são: Cáritas Brasileira, IBRADES (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social), CERIS (Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais), Pastoral da Criança e CBJP (Comissão Brasileira de Justiça e Paz).
PASSOS PARA ORGANIZAR UMA PASTORAL SOCIAL:
Para cada face da exclusão existe uma pastoral social específica. E se não existe, é interessante criar um serviço de presença evangélica e de atuação pastoral, que, com o tempo, pode vir a se tornar uma nova pastoral social.
1. O ponto de partida de qualquer ação é uma tomada de consciência da realidade local, com atenção especial para os grupos que mais sofrem o peso da exclusão. Esta conscientização da realidade pode ser feita através de visitas pastorais, de pesquisas e levantamentos ou de um trabalho científico, com assessoria de organismos apropriados, como já acontece, em muitas comunidades, por ocasião da Campanha da Fraternidade.
2. Criação de uma equipe de base que acompanhe de perto essa situação específica ou categoria de pessoas marginalizadas. Essa equipe, como sugere o nome, é responsável pelo trabalho de base, de visita. Marca presença nos lugares onde são identificados tais rostos.
3. A partir dessa presença e acompanhamento, o terceiro passo é desenvolver atividades de apoio e solidariedade aos movimentos sociais e à luta por melhores condições de vida e trabalho, o que significa uma ação lenta e persistente de conscientização, organização e mobilização.
4. As diversas equipes de base das pastorais específicas devem promover encontros conjuntos da Pastoral Social, reunindo-se com certa freqüência, seja em nível comunitário e paroquial, seja em nível diocesano e regional. Tais encontros servem para trocar experiências, traçar metas comuns e planejar atividades gerais.
5. O quinto passo diz respeito à integração entre as pastorais. Neste caso é necessário escolher lideranças e agentes que possam encontrar-se nos diversos níveis para coordenar as ações conjuntas. Lembramos ainda a articulação com as Pastorais Sociais da CNBB.


O discípulo missionário não se cala diante da vida impedida de nascer seja por decisão individual seja pela legalização e despenalização do aborto. Não se cala igualmente diante da vida sem alimentação, casa, terra, trabalho, educação, saúde,
PARA REFLETIR
1. Você entendeu o que é Pastoral Social?
2. Sua comunidade está desenvolvendo as Pastorais Sociais? Quais?
3. Sua comunidade se preocupa somente com seus problemas ou se interessa também pelos graves problemas do mundo? Como?


GESTO CONCRETO DA REUNIÃO
Assumir ou apoiar alguma pastoral social da paróquia ou viabilizar a fundação de uma pastoral social. Esta pastoral deve ser o gesto concreto deste ano para a pastoral do dízimo.

Dir.: Agradecer a presença de todos e Concluir o encontro com o abraço da paz. (Todos se cumprimentam)
Canto: Isto é a felicidade (copíar)

OBS.: Se possível, para o final deste encontro, prepare-se um lanche partilhado, uma festinha de confraternização pelo último encontro e os 15 anos da pastoral.